sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Leiam. É muito importante.

Transcrevo, por importante, na íntergra o post de Marcos Palácios veiculado no blog do GJol. Sobre as condições de trabalho dos jornalistas multimidia na Inglaterra:
"A National Union of Journalists (NUJ) da Grã Bretanha acaba de divulgar um importante documento intitulado Shaping the Future (NUJ Commission on Multi-Media Working 2007 ).
Trata-se de um estudo das condições de trabalho dos jornalistas na Grã-Bretanha e dos efeitos da introdução do jornalismo multimídia e dos processos de convergência midiática nas empresas de comunicação britânicas. O Relatório é produto de uma análise efetuada com base em um levantamento de dados conduzido entre 15 de junho e 30 de julho deste ano, através de questionários enviados a todas seções sindicais (chapels) da NJU e entrevistas em profundidade realizadas em 15 empresas midiáticas. Foram levantadas variáveis como salários, condições de trabalho, acordos e contratos trabalhistas, freelancing, treinamento, posicionamento com respeito a conteúdos gerados por usuários, dentre outras.
Para 25% dos jornalistas britânicos, a introdução da Nova Mídia (New Media) resultou em mudanças em seus turnos ou horários de trabalho. 75% dos respondentes sentem que a integração das redações levou a uma carga de trabalho aumentada para todos.
A NJU reconhece que as fronteiras entre as diversas tarefas jornalísticas estão cada vez mais borradas e que será necessário conviver com essa realidade no futuro. 45% dos entrevistados informaram que já foram submetidos a treinamentos para desempenho de várias tarefas "diferentes de sua rotina habitual", tais como fotografar e editar fotos, gerar e editar vídeos, produzir gráficos, compor páginas, dentre outras.
O Relatório revela também preocupação na NJU com relação à formação dos estudantes de jornalismo: "Todos os cursos deveriam estar oferecendo treinamento simultâneo em impresso, broadcasting (rádio e TV) e jornalismo digital, ao invés de cursos separados para jornais, revistas e broadcasting (...) O formato dos curriculos ainda não está dando conta do treinamento multi-habilidades e muito poucos acadêmicos de comunicação ou jornalistas são capazes de impartir disciplinas voltadas para multi-habilidades".

Um comentário:

Anônimo disse...

Creio que podemos comemorar por estarmos tendo a oportunidade de treinamento e contato com estas novas habilidades necessárias para o trabalho jornalístico num futuro bem próximo, em nossa universidade.
Por já atuarmos (como profissionais) numa realidade de interior de estado, onde ainda muitos profissionais fazem de tudo um pouco, pelo fato das empresas não terem condições de contratar um profissional específico para cada área (fotógrafo, repórter, editor de foto, editor de texto, repórter de rádio, ao mesmo tempo produtor de notícias e apresentador, etc e tal), acredito que somos, de certa forma, beneficiados com a oportunidade de já desempenharmos funções diversas e dinâmicas no nosso cotidiano.
Assim, avalio que a realidade que vivemos hoje por necessidade no interior, exigindo a multifuncionalidade, se estenderá aos demais campos de atuação da mídia, em especial, na web, claro, com as diferentes exigências desta modalidade.