segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A TV digital e o telespectator

A TV digital já existe no Brasil. Mas, o que o telespectador vai ganhar com isso? Muita divulgação envolveu o início dos trabalhos no Brasil, entretanto, poucas matérias esclareceram a curiosidade das pessoas leigas no assunto.
Segundo o presidente Lula, " a TV ficará mais próxima do telespectador, oferecendo qualidade superior de imagem, maior número de canais, interação do público com a programação e transmissão perfeita para TVs, TVs em ônibus, trens e outros transportes coletivos". A promessa é de que as funcionalidades da tecnologia se estendam e que possamos, a partir da recepção digital em nossos aparelhos de TV, acessar contas bancárias, fazer compras em supermercados virtuais, receber e enviar e-mails, marcar consultas médicas, interferir nos desfechos das novelas, entre outras coisas.
Porém, segundo alguns especialistas, vai demorar muito para isso acontecer, se é que acontecerá. A TV Digital inaugurada mantém o modelo analógico. Isto pode ser percebido pelo fato do não aproveitamento justamente destas possibilidades apresentadas. Num primeiro momento, de todas as funcionalidades, apenas a alta definição de imagem será uma realidade. E esta realidade é apenas para alguns consumidores que têm condições de adquirir os conversores, que custam mais de mil reais. Ainda assim, é preciso ter uma TV com telas de LCD ou plasma com 1080 linhas de resolução (a mais baratinha custa quase 8 mil reais). A área permanece restrita apenas para São Paulo.
A multiprogramação e a interatividade ainda levarão um bom tempo para sair do discurso. Quanto à interatividade, a melhor perspectiva é o final de 2008, quando haverá condições técnicas para tal. Ainda assim, dependerá das emissoras se interessarem por oferecer produtos interativos em sua programação. Não há boas previsões quanto a isso. A multiprogramação poderia ser implantada rapidamente, se as emissoras tivessem interesse. Entretanto, questiona-se até que ponto as emissoras comerciais farão isso. Haverá dispersão dos recursos publicitários para muitos canais, cada um deles tendo um público telespectador menor. Então, a tendência é que também fique para o futuro.
Para quem tiver interesse em ler mais sobre o assunto, o site Observatório da Imprensa apresenta vários textos de profissionais e estudiosos analisando a questão.

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