e aí colegas
esta é a minha primeira participação neste blog. Não contribuí antes porque estava tomando conhecimento do assunto, já que não tinha o hábito de escrever em espaços como esse.
Desta forma, estou reconhecendo a importância do espaço, mas me conflitando com algumas questões. Mesmo estando na Era Digital, o sistema analógico toma a maior parte do meu trabalho.
Na aula, debatemos o Webjornalismo, com a utilização do ciberespaço, entre outros. No trabalho que desenvolvo diariamente, ainda é primordial o contado 'face a face' com a fonte, podendo ser feito, em algumas vezes, através de e-mail e telefone. Reconheço que o e-mail integra o ciberespaço, mas a utilização deste ainda é restrita para o trabalho que desenvolvo: escrever para mídia impressa. Serve como suporte para envio de sugestão de pauta, agendamente de entrevistas, troca de informações com os colegas. A utilização do ciberespaço é feita para, além da questão já citada, pesquisar, também. Na mídia impressa a quem dedico cinco horas do meu dia ainda não são claras as questões da interatividade, personalização, instantâneidade. Por aqui, o jornalismo digital é feito apenas, através da transposição. Durante as aulas, fico tentando imaginar qual é a forma que o webjornalismo deve assumir para não suprimir de vez a utilidade do jornal impresso.
mas bola pra frente. O campo está em estudo, tanto por mim, quanto pelos pesquisadores, e o espaço está aí para ser explorado, basta dedicação. Como afirma Milton Santos "uma técnica nunca aparece só e jamais funciona isoladamente" e as técnicas "na medida em que, em um primeiro momento, são um produto da história, e, em um segndo momento, elas são produtoras da história, já que diretamente participam desse processo".
sábado, 18 de agosto de 2007
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Um comentário:
Aline, querida, suas ponderações são muito pertinentes. Tenho cá comigo que quem se indaga cresce, basicamente porque não há crescimento sem dúvidas, quaisquer que sejam.
No que toca ao cerne da questão que você levanta - a técnica irá substituir o homem? - o que posso lhe dizer, com base neste já 22 anos de profissão e com passagens por todos os suportes - é que não talvez não seja prudente pensarmos em termos totalizantes. Um bom caminho; não o único, mas um possível, é entendermos que o momento é diferenciado, basicamente porque estamos imersos em um gigantesco aparato-comunicacional amalgamado pela internet, portanto em rede. Sendo assim, fica cada vez mais difícil pensarmos em um "jornalismo puro". O ideal, acredito, é direcionarmos nosso pensamento no sentido de explorarmos, como jornalistas, as potencialidades de cada suporte e as intersecções destes, e não, como disse antes, em termos totalizantes, ou mesmo excludentes. Um bom caminho para isso - e esta é a proposta desta disciplina - é que, se pensarmos jornalisticamente, podemos, quem sabe, ocupar a contento (porque em sua especificidade) os espaços que se apresentam. Também achei muito legal sua referência a Milton Santos no que toca à técnica. Respeito muito este pesquisador e lamento profundamente que não esteja mais entre nós. Grande abraço e um bom final de semana.
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