terça-feira, 23 de outubro de 2007

Neurônios e ideologia

Olá pessoal do lambida. achei este trecho que destaquei aí em baixo muito interessante na coluna do Hélio Schwartzman Bel. em filosofia e colunista das quintas-feiras no jornal on line. http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u337476.shtml
Dois exemplos banais. Considera-se "de esquerda" defender o direito ao aborto e condenar a pena de morte. Eu próprio abraço essas duas teses. Mas não é necessário PhD em Aristóteles para perceber que seria mais lógico para os que rejeitam a interrupção voluntária da gravidez atacar também a pena capital. O primado da "santidade da vida" poderia assim aparecer em toda sua amplitude.
De modo análogo, a "direita" costuma entusiasmar-se com a prerrogativa dos cidadãos de bem de andar armados e, ao mesmo tempo, opor-se à liberação das drogas. Não há muita dúvida de que a consistência estaria mais bem servida pela defesa simultânea de ambos. O que está em jogo, afinal, é a liberdade e a responsabilidade individuais, seja para defender-se de bandidos, seja para fartar-se em prazeres hedonistas, ainda que a alto preço orgânico.

Um comentário:

jaime disse...

Esta analogia me parece uma tentativa de definir o bem e o mal, através de uma opinião já definida pelo autor, que faz questão de mostrar qual é sua ideologia em relação aos temas expostos. Veja bem, são temas polêmicos que devem antes de tudo trazer no seu bojo o porque do autor se pocisionar desta forma, ou ao menos uma justificativa plausível.