O estudo entitulado “À procura de uma linguagem para o jornalismo na webtv” (link anterior) apresenta alguns dados interessantes sobre o funcionamento da TV Terra. O Portal Terra possui um estúdio multimídia que já produziu mais de 2 mil programas diferentes em vídeo. O estúdio tem 100 m2 e possui equipamento de transmissão ao vivo, acoplado a três ilhas de edição digitais e 14 câmeras.
No começo, a “TV Terra” não tinha grade de programação, passava videoclipes e trailers. A primeira grande produção multimídia do portal Terra foi o “Jornal da Lílian”, ancorado pela jornalista Lilian Witte Fibe, que começou a ser transmitido com a cobertura das eleições do ano 2000. Aos poucos, foi se construindo um espaço com programação eclética, que visa atingir os mais diversos públicos. Hoje, a grade é composta por programas sobre esportes, culinária, ginástica, além videoclipes e trailers.
Para garantir a programação, o Portal Terra montou uma equipe com mais de 15 profissionais que trabalham exclusivamente para o desenvolvimento do conteúdo. A equipe multimídia produz toda a programação jornalística e de entretenimento do portal, inclusive a cobertura de eventos externos - reportagens, entrevistas e eventos.
A linguagem e os formatos
A tendência geral é que ocorram inovações na linguagem usada para web. Tudo é muito novo e o aprendizado será dará através da experimentação prática. Por enquanto, a linguagem é uma convergência de mídias por falta de identidade própria.
A seguir, confira alguns dados da análise feita neste estudo sobre o conteúdo produzido pela TV Terra. Foi observado que os takes são mais fechados. O plano de tomada é do médio para o fechado (porque a qualidade de transmissão de imagem ainda é ruim na Internet). A estrutura da falsa entrevista do rádio ou a nota com sonora da Tv analógica também parecem estar presente na estrutura da “TV Terra”. O apresentador faz a introdução do assunto e a pergunta para o entrevistado, que entra em VT com a resposta. O plano de filmagem é bem fechado, em close. Nas reportagens, o repórter não aparece e não existe passagem, apenas o off. A narração do repórter é informal, aproxima-se da linguagem do rádio. O vocabulário e forma de falar também parecem ser mais soltos, leves e coloquiais, especialmente nos programas de esporte.
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Um comentário:
Excelente observações, Luciana. Vamos discutir este assunto na próxima aula.
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