quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Questões em Relação a Fotografia Digital

O autor Erivam Morais de Oliveira destaca no texto “Da Fotografia Analógia a Ascensão da Fotografia Digital” a existência de uma ruptura entre os profissionais da fotografia, especialmente os fotojornalistas, dando origem a três categorias de profissionais nesse mercado: a primeira é formada por veteranos fotógrafos, a segunda, por fotógrafos que vem acompanhando a morte gradativa da fotografia analógica e a terceira, por fotógrafos mais jovens que estão assistindo ao nascimento da era digital.

Na primeira geração, tida como analógica, encontramos profissionais que tem grande dificuldade em se adaptar as novas tecnologias. Computadores e programas para tratamento de imagem, não fazem parte do vocabulário dos caras. Outra questão levantada pelo pessoal que defende a fotografia tradicional é o fato de a fotografia digital não inspirar confiança, além desta, poder ser facilmente apagada. Aí entram também probelmas éticos que aumentam a possibilidade de fraudes e danos aos fotografados. Segundo Erivam, uma regulamentação específica pode ser um bom caminho.

Já a segunda geração participa ativamente da transição entre a fotografia analógica e a digital. Essa geração aprendeu por necessidade a conviver com a nova realidade, transformando esta em verdadeira obsessão, já que, nas suas idéias, apenas profissionais qualificados para tal, sobreviverão nesse mercado.

Por fim, temos a terceira geração, formada por jovens profisisonais, habituados ao consumismo desenfreado e ao uso do descartável. Pouco adeptos ás técnicas, este grupo acaba encontrando resitência, por parte dos profissionais da primeira e da segunda geração, que acabam lhes acusando de falta de domínio dos métodos e técnicas utilizados na fotografia, como luz, filtro, velocidade do obturador, entre outros. Além disso, muitas vezes as modernas câmeras, não permitem ao fotógrafo o controle manual de suas ações, o que gera insegurança para os profissionais da terceira geração.

Essa é uma discussão que ainda vai dar o que falar mas não dá pra negar que, como diz Erivam “a má utilização da fotografia nos dias de hoje, acarretará, sem dúvida, enormes prejuízos para a documentação e as pesquisas futuras, comprometendo a memória e a ética da fotografia”. Para ele, ainda sofreremos com problemas de ordem ética e estética, especialmente para aqueles que buscam a verdade por trás da fotografia, já que atualmente, anda muito fácil manipular uma fotografia, tornando-a mais sedutora e atraente. Uma faca de dois legumes, já que aos poucos, a memória do fotojornalismo vai sendo destruída.


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Fotojornalismo? Assim até eu!


O trabalho do cara na íntegra você lê aqui.

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