Alguém dizia certa vez que a única certeza é a mudança. No Jornalismo, certamente, não podemos esperar estabilidades. Na velocidade em que as inovações tecnológicas acontecem, também intereferem na rotina diária dos profissionais.
O Jornalismo está imerso na socieade e esta em constante mudança, assim como seus valores. Não poderia ser diferente, o fazer jornalístico estar, também, em constante discussão e modificação de teses e conceitos.
O Departamento de Jornalismo da Universidade de Nova York (NYU) começou a testar no dia 15 de novembro um novo sistema de reportagem setorizada, que pode alterar os conceitos tradicionais sobre produção de notícias jornalísticas. O projeto chamado BeatBlogging (literalmente: blogando setorizadamente) é uma idéia do irrequieto professor Jay Rosen, o diretor da Escola de Jornalismo que está tentando mudar as rotinas da reportagem na imprensa norte-americana a partir da idéia de que o repórter não é mais o dono da notícia.
Rosen reuniu um grupo de 13 repórteres especializados, que aqui no Brasil são chamados de setoristas, e deu a cada um deles a missão de usar um blog para criar redes de contatos, cujos integrantes serão os responsáveis pela produção das noticias publicadas na seção ou coluna assinada pelo profissional. Na verdade trata-se de uma webificação do velho caderninho de telefones de contatos que até hoje ainda é a grande arma da maioria dos repórteres de polícia e de política. Só que em vez do caderno ser exclusivo de um único profissional, o participantes do BeatBLogging vão socializar seus contatos não só entre seus colegas e concorrentes como entre as próprias fontes de informação.
Notícia completa sobre o assunto está no site Observatório da Imprensa. Vale a pena ler.(http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/blogs.asp?id_blog=2&id={FB521D98-73BE-4F00-B947-41090D036A4B})
O que chama a atenção é que são 13 repórteres experientes, que a partir de agora vão usar um blog pessoal para interagir com suas fontes de informação, que além de darem notícias, vão também participar da edição das matérias. O que o projeto do professor Rosen pretende testar, na verdade, é a transformação dos jornalistas de guardiães da notícia em uma espécie de conselheiro ou tutor público em matéria de notícias de interesse público.
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Um comentário:
Vamos ver como isto vai funcionar. Gosto de desafios, mas do jeito como os jornalistas se devoram por um furo, é difícil esse pessoal abrir as fontes mais secretas. Talvez abram o jogo daquelas que são mais conhecidas dos concorrentes. O segredo ainda continua sendo a arma do negócio para se ter notícia em primeira mão. Disso ninguém pode escapar. Ou você contaria para seu colega de redação o "furo" que estás investigando?
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